quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Fadista velhinho

Um fadista já velhinho
Muito triste coitadinho
Contou-me quase a chorar
As saudades do passado
Em que ele cantava o fado
Que todos queriam escutar

Contou-me então como era
As noitadas que fizera
Fadistas e cavaleiros
Um alegre São Martinho
Nos retiros com bom vinho
E o calor dos fogareiros

De olhos semi-cerrados
Baixinho lembrou os fados
Sua tristeza aumentou
Mas parando de repente
Olhando-me bem de frente
Com voz mais firme afirmou

A minha grande tristeza
Não me é dada pela pobreza
Nem lembranças que contei
É o medo de morrer
Sem de novo poder ver
Portugal ter o seu rei.

Letra: João Ferreira-Rosa
Música: Marcha de Alfredo Marceneiro

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