sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ainda há amadores...Para manter a tradição!

Boa tarde ao meu caros leitores que a esta hora já nem se lembram de mim, mas a hora é de não ficar calado. Então não é que para além de termos que tolerar gente que só vive para insultar os aficionados da festa brava, ainda temos que assistir passivamente a que os órgãos de estado profiram decisões aberrante como aquela que decretou uma providência cautelar à transmissão da Corrida TV durante a tarde? É um ataque inadmissível à tradição e espero que ninguém se cale perante isto.

Numa televisão que passa sexo, sexo e mais sexo com morangos a todas as horas, violência, declarações obscenas de dirigentes desportivos, pedófilos e violadores, a tourada tem agora que ser transmitida depois da 22h00, em diferido e com bolinha vermelha ao canto do ecrã!!!

Se se deixam passar coisas destas em branco está-se a abrir um janela que pode escancarar uma porta...

Mas para ser positivo aqui fica uma fado taurino popularizado pelo grande.



Fado dos Saltimbancos

Letra: Isidoro de Oliveira
Música: Fado Corrido

Recordando meus senhores
Os tempos que já lá vão
Ainda há amadores
Para manter a tradição
Nada na vida os aterra
São alegre e são francos
E chama-lhe os Saltimbancos
Por andar de terra em terra

Não faltam a uma ferra
Em casa de lavradores
Nos retiros cantadores
Lá estão em dias de farra
Cantando ao som da guitarra
Recordando meus senhores

Na Arruda ou em Santarém
Na Chamusca ou no Cartaxo
O grupo não vai abaixo
Há de ficar sempre bem
Depois de jantar também
Agarram o seu pifão
Mas só com bom carrascão
Se deixam emborrachar
Em tudo fazem lembrar
Os tempos que já lá vão


Uns toureiam a cavalo
Outros a pé vão tourear
E nunca sai por pegar
Um touro posso afirmá-lo
Pois o grupo de quem falo
Marialvas, cantadores
Toureiros e pegadores
Ao pisar os redondéis
Não levam nem cinco réis
Pois ainda há amadores

E este lindo festival
Que viram nossos avós
Não morre ainda entre nós
Não morre em Portugal
Porque temos o Vidal
E mais o Chico Leão
O Zé Núncio e o João
O Prestes e o Xavier
E a companhia que houver
Para manter a tradição